Distribuição

O Alentejo é o solar de origem desta raça, como o seu nome sugere, sendo a sua representatividade bastante grande nesta zona do país.

Os factores ambientais que estão na origem dos bovinos da raça Alentejana são de ordem diversa, apesar de alguns, como o clima, terem uma contribuição mais directa para o tipo de animal que existe nos dias de hoje.

O Alentejo é uma região com um clima temperado, tipicamente continental, com influências mediterrâneas. Este clima caracteriza-se por grandes amplitudes térmicas e baixa pluviosidade anual, concentrada sobretudo no Inverno, e com um verão seco e longo. Sendo por isso, pouco favorável ao desenvolvimento de pastagens de qualidade, e consequentemente, pouco favorável aos bovinos. O clima influenciou bastante a morfologia dos bovinos, pois ao proporcionar sobretudo pastagens de má qualidade, obrigou ao aumento da capacidade de ingestão e do volume de parte do aparelho digestivo. Os verões quentes forçam a um aumento da circulação periférica e da superfície corporal, razão pela qual esta raça apresenta uma grande barbela. As altas temperaturas são também responsáveis pelo aumento da caixa torácica, pois, assim, permite uma respiração mais lenta e mais profunda (Silveira, 1972).

Distribuição dos efectivos bovinos Alentejanos


A área de dispersão desta raça é essencialmente a zona Alentejana, distritos de Portalegre, Évora, Beja e alguns concelhos do distrito de Setúbal. Também existem algumas explorações nos distritos de Santarém, Castelo Branco, Guarda e Braga, embora seja reduzido o número de criadores nestes distritos.

Actualmente, diversas actividades estão intimamente relacionadas com a exploração de bovinos da raça Alentejana, já que estes animais são criados num conjunto de explorações cuja área total ultrapassa os 110000 hectares, destinando-se grande parte a pastagens naturais, daí resultando uma significativa contribuição para a preservação do meio ambiente. Paralelamente à exploração de bovinos desta raça está parte da produção cerealífera Alentejana, a fixação humana em zonas distantes dos centros urbanos, bem como a manutenção e limpeza arbustiva de espaços rurais, contribuindo deste modo para a prevenção de incêndios.