Raça Alentejana

O nome desta raça sofreu algumas alterações ao longo dos anos e consoante os diferentes autores que a referenciaram. Contudo, ficou associado à região onde é actualmente explorada, ao seu solar de origem e à principal zona de dispersão. Miranda do Vale em 1949 e Fernando Andrade em 1952 fazem ambos referência à Raça Bovina Transtagana e às suas sub-raças, entre elas a Alentejana, sendo ainda consideradas por estes autores as variedades "do Alentejo" e "do Algarve" ou do "Baixo Alentejo" e do "Alto Alentejo". A primeira descrição morfológica da raça bovina Alentejana foi da autoria do Professor Silvestre Bernardo Lima em duas publicações sobre o Recenseamento Pecuário de 1871 e 1873.

A raça bovina Transtagana, segundo o Professor Paula Nogueira (Andrade, 1952), era caracterizada como uma “raça flava que povoa o território português ao sul do Tejo”. No entanto, este autor seguindo o critério de Cornevin (1871), define a raça transtagana como, “de pelagem vermelha e desenvolvida cornamenta, grande volume de corpo, aberturas naturais almaradas, pontas dos chifres loiras e unhas da mesma cor”. Esta última definição corresponde ao padrão actual da raça bovina Alentejana.

Em 1968 foi constituído o Livro Genealógico da raça bovina Alentejana, pela Direcção Geral dos Serviços Veterinários, passando em 1981 para a responsabilidade da Associação dos Criadores de Bovinos da Raça Alentejana (ACBRA). A nível internacional está oficialmente reconhecida pela União Europeia, pela FAO e pela European Association of Animal Production (FAO, 2000), e encontra-se descrita na Lista dos Recursos Genéticos Animais a nível mundial (World Wacth List for Domestic Animal Diversity).